Feira da Liberdade

A Feira de Arte, Artesanato e Cultura da Liberdade, popularmente conhecida por “Feirinha da Liberdade”, foi aberta há 33 anos atrás, mas continua atraindo visitantes de todas localidades. Quem a visita usufrui momentos agradáveis, relaxantes, divertidos e entra em contato com a cultura do Oriente. O público freqüentador é composto por jovens, crianças, idosos. Pessoas de várias regiões do país e exterior comparecem para apreciar e consumir o que de melhor é oferecido. Pelo o que pesquisamos da feira, não há um número exato do público. A feira faz parte do projeto Viva Liberdade, que surgiu em outubro de 2001, através de uma parceria entre a Prefeitura, o Sebrae, a Associação Comercial de São Paulo, a Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Hoje, a praça se encontrar em plena reforma. Uma das técnicas interessantes utilizadas pelos expositores para conquistar o comprador é a explicação sobre o que está sendo vendido. Eles explicam o que é o objeto, sua representação, história, funcionamento e como ele poderá ser útil na vida das pessoas.

Alimentação
O setor de alimentação é um dos mais freqüentados e é o que apresenta uma grande variedade de opções. Há comida chinesa, japonesa e também culinária brasileira.Yakisobas, sushis de vários tipos, sashimis, e bolinhos de peixes podem ser degustados a vontade. A comida é barata e um exemplo constatado é o yakisoba que pode ser adquirido por R$ 2,99, o pote pequeno e por R$3,99, o pote maior. Há filas de pessoas para comprá-lo. Bebidas como o saquê e a cerveja também podem ser consumidas. O doce de feijão, chamado azuki, é uma das sobremesas preferidas consumidas na feira e o guiozá é um tradicional pastel japonês também solicitado. As pessoas comem em pé ou em banquinhos no centro da praça e até nos muros ou escadarias do Metrô.

Eventos
A feira da Liberdade possui um calendário de eventos tradicionais japoneses que são incorporados à cultura de São Paulo. O próximo evento ocorrerá este ano é o Toyo Matsuri, um festival oriental que conta com a participação das colônias japonesa e chinesa. Os objetivos da festa são agradecer as graças recebidas e pedir bênção para o ano que começa. É a mais importante manifestação cultural entre os japoneses. O festival acontece na Praça da Liberdade e conta com shows de música e dança típica. EM BREVE, mais informações.




A Feira de Artes e Artesanato da Praça da Liberdade funciona todos os Domingos das 10:00 às 19:00 e aos Sábados das 9:00 às 18:00 horas.Para entrar em contato com os representantes da Feira, use o e-mail: falecom@feiradaliberdade.com.br

Origami

Foto Alex Batista

Origami é a famosa arte japonesa de dobrar papel. Grandes origamistas indicam a intensidade e a paixão como itens fundamentais para se aprender e executar a arte de dobrar papel. Um origamista profissional desenvolve técnicas e conhecimentos, que incluem até visão matemática. Mas, como em toda arte, a aliança entre talento e perseverança é o que faz toda a diferença.
Quem nos conta um pouco mais desta arte tradicional japonesa é o jovem casal Paulo Akio e Cíntia Mariko, que uniram suas aptidões e formaram a empresa A&M Origami.

Como surgiu o interesse pelo origami?
Cintia: Meu interesse por origami surgiu na infância. Por volta dos 5 anos meus pais me deram 1 livro de origami e me ajudaram a fazer o tsuru, o pássaro mais conhecido no origami. Depois, na escola japonesa, o professor sempre nos oferecia uma oficina no fim das aulas.

Paulo: O interesse surgiu nesta mesma escola japonesa. Posteriormente meu pai e irmãos foram ao Japão para trabalhar e sempre me enviavam livros e papéis de origami, aumentando ainda mais minha vontade de aprofundar nesta arte.

Que aptidões alguém que quer aprender origami precisa ter?
Paciência, atenção e persistência são necessários para quem quer aprender esta arte.

Vocês conseguem viver dessa arte?
Atualmente o origami é a nossa principal fonte de renda.

Há algum origami que vocês tenham criado?

Cintia: Não, infelizmente não temos este dom (rs)
Paulo: Por enquanto...

Que tipo de público procura mais o origami?
Pessoas que se interessam pela cultura japonesa e que sabem valorizar a arte, sabem o valor e o trabalho de uma arte totalmente manual.

Qual a importância da região da Liberdade no negócio de vocês? (citem os eventos que participam e a importância comercial e cultural)
A Liberdade tem grande importância nos nossos negócios. Como nosso trabalho associa a arte japonesa com os costumes brasileiros, o bairro, que é tradicionalmente conhecido pelos estabelecimentos comerciais e decoração voltados para a cultura japonesa, é um ponto estratégico para difundir ainda mais nosso trabalho, devido ao público diversificado que freqüenta o bairro as finais de semana.Participamos em três eventos que acontecem na Liberdade: em maio, no Bunka matsuri que acontece na sede do Bunkyo; em julho, no Tanabata matsuri - Festival das Estrelas e em dezembro, no Toyo matsuri, estas últimas festas acontecem na rua Galvão Bueno.

Tsuru O tsuru é uma ave sagrada japonesa chamada grou, que vive mil anos e é símbolo de felicidade no país. Diz a lenda, relatada no livro “Senbazuru Orikata” (Dobradura de mil garças) de Ro Ko Na, publicado em 1797, que o indivíduo que dobrasse 1000 tsurus teria direito a um desejo.

Peculiaridades da Liberdade

A Feira da Liberdade guarda surpresas interessantíssimas aos seus visitantes. Uma delas é a barraca do senhor Kyoshi Suzuki, japonês de 87 anos que mora no Brasil há setenta e um. É um senhor muito falante e bem humorado, cheio de histórias pra contar. Com o típico sotaque nipônico, ele atende a todos com muita atenção e simpatia.
Em sua barraca, ele vende produtos de bambu feitos manualmente. Limpadores de orelha, nariz, e, o mais exótico de todos, o limpador de língua! Sim, existe limpador de língua. E seu Kyoshi avisa: “Não tenha medo, bambu resistente, não quebra, não quebra, veja!”.
Outra coisa curiosa é a presença das fotos de pessoas que já passaram por ali, dentre as quais aparecem alguns famosos, que já o entrevistaram.
Seu Kyoshi está na Feirinha todos os domingos, das 9 às 17hrs.

Cosplayers

Você já deve ter visto alguma vez alguém vestido com fantasias de personagens de seriados ou desenhos japoneses, certo? Essas pessoas são aficionadas a animês e mangás, mas as vestimentas extravagantes não são apenas enfeites, não. É cada vez maior o número de adeptos do cosplay (abreviação de “costume player”, fantasia em inglês). O público de Cosplayers é formado por adolescentes e jovens em sua maioria.
Os cosplayers participam de eventos e convenções de mangás e animês, e vêem a prática como um hobby e uma oportunidade para fazer amigos. O prazer em vivenciar um de seus personagens preferidos por um dia é o grande barato para os cosplayers. Mas, além disso, existem concursos como o Circuito Cosplay e a Yamato Cosplay Cup, ambos organizados pela Yamato Comunicações e Eventos. São os maiores eventos do país, e agregam competidores vindos de diferentes partes do Brasil.
Em algumas competições, além das fantasias, são julgadas as performances dos participantes. Os movimentos, trejeitos e golpes são simulados durante a apresentação, virando um grande teatro.


Na Liberdade está localizada a maior loja de acessórios para cosplayers do Brasil:
http://www.hellayu.com/loja/

Acompanhe notícias de eventos Cosplay:
http://www.anifriends.com.br/

Solte a voz na Liberdade

Todo mundo gosta de cantar, nem que seja no chuveiro. Porém, convenhamos, cantar em público é muito mais desafiador e prazeroso. Claro que os desafinados podem incomodar um pouco, mas a diversão é o que vale. Depois de um dia cheio, uma semana corrida e estressante, até um desafinado merece cantar os sucessos que marcaram sua vida.

É aí que aparece mais uma colaboração dos imigrantes japoneses. Aprendemos e incorporamos diversos hábitos da rica cultura oriental, mas um dos mais difundidos por aqui é o karaokê.O termo significa “orquestra vazia”. No karaokê há uma banda, ou playback instrumental, que reproduz uma música para que o cantor preencha com sua voz.

A maior concentração de karaokês é na região da Liberdade. São sem dúvidas sucesso de público. A Choperia Liberdade, por exemplo, recebe até 800 pessoas as sextas e aos sábados. Destas, 180 sobem ao palco e soltam a voz, num repertório que vai do brega ao Rock, e passa por Pop, Mpb, sertanejo... Independentemente do estilo, "Música faz bem, né?", diz a gerente Eiko Harada.

O público é tão variado quanto a seleção de músicas, e o acervo chega a 30 mil canções em inglês, português e japonês, claro.Os karaokês da região possuem decorações coloridas e acolhedoras. Além de serem bares, a maioria também serve comida japonesa e churrasco.

Algumas sugestões para quem quer tomar um aperitivo, comer e, claro, soltar a voz:

Choperia LiberdadeRua da Glória, 523, Liberdade, 3207-8783; Cc: D, M, V; Cd: todos; 3ª/5ª 19h/5h, 6ª/sáb 19h/6h, dom 19h/5h; entrada: R$ 5 (3ª, 5ªe sáb); taxa por música: R$ 2. Sempre cheio, tem o karaokê mais conhecido da região.


Restaurante e Karaokê Porque SimRua Tomás Gonzaga, 75, Liberdade, 3277-1557; Cc: M, V; 3ª, /5ª12h/2h, sáb 12h/5h. Funciona em esquema de aluguel de salas: a hora custa R$ 40 na sala para dez pessoas e R$ 60 na de 20 pessoas. Ótimo para fazer amigos.


Karaokê SamuraiRua da Glória, 608, Liberdade, 3208-6969; Cc: D, M, V; Cd: D, M, V; 2ª/sáb 19h/3h; entrada: R$ 10 (mulher) e R$ 15 (homem).

Afinal, quem é nissei? Quem é sansei?

Sempre que um descendente de japonês é questionado se é nissei ou sansei, vem a famosa piadinha: “Não sei!”. Muitas pessoas não sabem exatamente a classificação de um nipo descendente. A classificação é dada de acordo com a geração e o grau de parentesco com japoneses. Podemos citar os isseis, nisseis, sanseis e yonseis. Issei é o japonês que emigra para a América. Como foi o caso dos imigrantes vindos no primeiro navio que aqui chegou, vindo do Japão, o famoso “ Kasato Maru”. A segunda geração é formada por filhos de isseis nascidos na América, denominados nisseis. Os filhos dos nisseis são os sanseis, e os filhos dos sanseis são os yonseis. Para facilitar, basta associar com a contagem numérica japonesa: Is, de issei, é a primeira geração. Ni, de nissei, é a segunda. San, de sansei, é a terceira geração. E Yon, de yonsei, é a quarta geração, os bisnetos dos isseis. Depois dos yonseis, ainda não existe uma nomeação oficial, porque conforme a necessidade as palavras vão surgindo e vão se aportuguesando. Tudo bem, depois dos yonseis, eu “não sei” também.

J-Pop, sabe o que é isso?

O J-Pop é o ritmo preferido dos jovens japoneses, que mescla o pop internacional que todos nós conhecemos, com batidas eletrônicas e instrumentos tradicionais do país, adaptando ao gosto deles o ritmo de música tradicionalmente ocidental.

Podemos dizer que o J-Pop chega a ser experimental, visto que abrange uma boa gama de instrumentos. Não é incomum ver a bateria e a guitarra acompanhadas do sangen e do shamisen (instrumentos de corda tradicionais no Japão).Apesar dessa mistura, muitos grupos locais seguem as tendências de sucessos conhecidos por nós. Boybands, grupos parecidos com as Spice Girls, bandas de Rock, cantoras bonitas e talentosas, e até bandas de reggae fazem a cabeça da juventude japonesa.

Os artistas japoneses possuem um visual fashion, e o Japão tem sido visto como uma das fontes mais inspiradoras na moda, gerando tendências que são seguidas mundo afora.

A primeira onda de música japonesa influenciada pelo ocidente foi o enka, que era basicamente formada por uma harmonia de influência americana com letras e sons tradicionais do Japão. Pode ser considerada a música popular japonesa.

Se ficou curioso para ouvir J-Pop, seguem algumas dicas de artistas que bombam por lá:

Morning Musume – grupo de garotas que conquistou os jovens japoneses
B Z – dupla que lança muitos sucessos
Fireball – Pop-Rock de sucesso
Ayumi Hamazaki – Tida como fenômeno e sempre bem julgada pela crítica
Orange Range – Banda de Rock ,Símbolo da rebeldia japonesa
Smap – Banda Pop sempre lembrada por seus sucessos
Tamaki Nami – estrela da nova geração
Shounan no Kaze – banda de Reggae de sucesso